Prova de Português do 6.º ano era "bastante acessível", dizem professores
A Associação Nacional de Professores de Português (Anproport) considerou a prova final de Português do 6.º ano "bastante acessível", de acordo com um parecer hoje divulgado.
"A análise global da prova permite verificar que se procurou respeitar, como compete, o estipulado pelas metas curriculares", lê-se no parecer da Anproport, elaborado por uma professora de Português do 2.º ciclo.
Para a associação de professores de Português, "os dois primeiros grupos -- Leitura e Educação Literária -- correspondem aos objetivos de leitura e escrita, que promovem nos alunos o sentido estético, o sentido crítico e o rigor".
O grupo dedicado à gramática foi considerado "bastante acessível" e o de produção escrita "reflete os conhecimentos que o aluno deste nível deve ser capaz de pôr em prática com base no que estudou sobre leitura e escrita".
Já a prova final de Português do 1.º ciclo, realizada na segunda-feira por milhares de alunos do 4.º ano de escolaridade, mereceu por parte da Anproport um parecer mais crítico, ao considerar que se pretendiam avaliar domínios e conteúdos que alunos do 4.º ano não dominam.
De acordo com o parecer, era exigido aos alunos do 1.º ciclo que analisassem dois textos com "recursos lexicais que alguns alunos não dominam ainda nestas idades", acrescentando o parecer que os textos "exigiam o reconhecimento do uso metafórico de certos conceitos que, nitidamente, não estão definidos/previstos nos programas ou nas metas curriculares".
Mais de 200 mil alunos realizam esta semana as provas finais do 4.º e 6.º ano, que contam 30% para a nota final.
As provas finais são entendidas pelo Ministério da Educação como instrumentos que permitem verificar quais os conhecimentos consolidados durante os dois primeiros ciclos da escolaridade obrigatória, revelando ao mesmo tempo as matérias em que os alunos têm mais dificuldades.